Agrigento
Agrigento é uma colônia secundária fundada por Gela em 582 a.C., com a participação de um contingente de Rodes. Está localizada na costa sul da Sicília e foi fundada com o intuito de ampliar a esfera de influência de Gela na região. Foi destruída pelos púnicos em 406 e (eventualmente) foi ‘refundada’ na época timoleontea, a partir de 344 a.C. O local do assentamento ficava a 3 km do mar entre dois montes: o Girgenti a oeste e a Rupe Atenea a leste ligados por uma passagem estreita e uma planície que se estendia para o sul terminando em uma encosta íngreme coberta por templos.
Na época de sua fundação, os gregos chamaram esta apoikia de Akragas; sob dominação romana passou a se chamar Agrigentum; sob dominação árabe seu nome era Kerkent e sob dominação normanda, Girgenti, nome que permaneceu até bem entrado o século XX. Finalmente, na época de Mussolini, na primeira metade do século XX, o nome romano foi adotado: Agrigento. E é o que permanece até os dias de hoje.
Agrigento se destaca entre as apoikias gregas da Sicilia pelo fato de ter vários templos muito bem conservados. Esta situação, por vezes, leva o desavisado a crer que a cidade era apenas aquele núcleo onde se localizavam estas construções maiores. No entanto, a área de expansão de Agrigento ao interior da ilha era ampla já desde época arcaica. Veja-se, por exemplo, as instalações em Vassallaggi e em Monte Saraqceno di Ravenusa.
Code: AGR
Actual name: Agrigento
Original idiom name: Ἀκράγας
Latin name: Agrigentum/ Acragas
Region: Sicília (Costa Sul)
Archaeological site: archaeological site 1
Longitude: 13.577777
Latitude: 37.312777
Media
Formas de ocupação da khóra > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Marianapoli. Monte Castellazzo di Marianopoli. Esta localidade, possui muros, uma acrópole e uma área sagrada. Assentamento indígena, como Monte Saraceno di Ravenusa e Vassallagi, sob influência grega de Agrigento. Hoje sua posição é na provincia de Palermo.
Montecastellazzo di Marianopoli. Planimetria do terraço I (a partir de Marianopoli 2000).
Montagna di Balate di Marianopoli. Em evidência a localização do témeno.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
Formas de ocupação da ásty > Áreas de trabalho: oficinas
Área de produção.
- BENEVOLO, L.; História da Cidade.
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
A leste do monumental templo de Zeus, um outro templo, que foi atribuido em época moderna ao culto de Héracles (templo A). A atribuição é incerta e está relacionada ao texto de Cícero (Verr., II, 4, 94) que menciona a existência de um templo na cidade dedicado a esta divindade. A datação é do final do século VI a.C. e a arqueologia aponta para o seu uso até o século IV d.C. (Veronese, 2006, p. 457)
Coluna do Templo de Héracles, 520 a.C.
Templo de Héracles, 520 a.C. Observe-se inscrições modernas nos vestígios.
Templo de Héracles, final do século VI e primeiros decênios do séc V a.C. (Mertens 1984, 78)
Templo de Héracles, foto aérea do sudeste (DAI Rom, Schläger 1968).
Templo de Héracles, 520 a.C., interior.
Templo de Héracles. Sec VI - início do V a.C.
Templo de Héracles. Fileira de colunas.
Templo A (considerado de Héracles). Extremidade ocidental da cela com naískos.
- BORGIA, E.; MESSINEO, G.; Ancient Sicily.
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- COARELLI, F.; TORELLI, M.; Sicilia - Guide Archeologiche Laterza.
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Templo de Atena. Igreja de Santa Maria dos Gregos construída sobre o antigo templo de Atena (480-460 a.C.) situado na parte mais alta da Rupe Atenea (Colina de Atena).
Planta da cidade (de Touring Club).
Igreja Santa Maria dei Greci. No interior há um templo dórico que foi escavado. Antiga Acrópole.
Estrutura de templo dórico incorporado à Igreja de Santa Maria dos Gregos na colina de Atena.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- COARELLI, F.; TORELLI, M.; Sicilia - Guide Archeologiche Laterza.
Reconstituições > Reconstituições
Imagens de reconstituições diversas.
Reconstituição de um Telamon (atlante) do templo de Zeus em Agrigento.
Santuário das divindades ctônias, reconstituição em perspectiva a partir do norte. Marconi 1933.
Reconstituição do templo de Juno Lacinia. Desenho de Vision S.r.l. sobre fotografia.
Reconstituição da cidade de Agrigento.
Templo da Concórdia. Desenho reconstitutivo de Anne Lovelace Holloway.
Museu de Agrigento. Maquete do Templo de Zeus. (Holloway, 2000, p.118)
- GIOVANNI, G. d.; Agrigento - La Valle dei Templi, il Museo Regionale
- BORGIA, E.; MESSINEO, G.; Ancient Sicily.
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- HOLLOWAY, R. R.; The Archaeology of Ancient Sicily.
- CARRATELLI, G. P. (ed.); The Greek world: art and civilization in Magna Graecia and Sicily.
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
- AA.VV.,; Urbanistica e architettura nella Sicília greca: Agrigento, Museo Archeologico Regionale 14/Novembro/2004 a 14/Maio/2005.
Metodologia de pesquisa > Arqueologia do espaço
F. Veronese, que estudou as áreas sagradas da Sicilia, de época arcaica e na longa duração, valeu-se tanto do sistema do SIG (georeferenciamento) quanto das plotagens estatísticas dos dados.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
Formas de ocupação da ásty > Grade urbana: acrópole, quarteirão, ágora, platéias, estenopes, orientação
Ágoras e edifícios adjacentes (buleutério e eclesiastério). Esta parte da ásty que era ocupada no período arcaico por santuários continha dois importantes edifícios públicos administrativos: o buleutério, local de encontro do conselho (Bulé) e o eclesiastério, local das assembléias dos cidadãos. O eclesiastério tem a cronologia ainda discutida enquanto o buleutério é com maior segurança datado dos séculos IV ou III. De toda forma esta teria sido uma área cívica importante desde o século VI uma vez que em um espaço anexo a estas estruturas foi escavada uma stoa monumental datada também com segurança de finais do século VI a.C. Atualmente esta ágora é chamada de ágora superior. A ágora inferior, disposta em dois terraços, foi localizada a nordeste do Olimpieion, entre a plateia II e a plateia III. Sua instalação é da mesma época do traçado urbano. Pouco resta dessa antiga praça, mas se deve notar seu importante posicionamento na grade urbana (ainda que descentralizado) estando diretamente relacionada às portas V e IV. Além disso, merece registro o fato de que o santuário monumental de Zeus olímpico estar em seu interior e também o fato dela ser limitada ao sul pelo templo de Héracles. Note-se que ela se estende ao longo da plateia II, a mais larga de todas e que passa por toda a cidade, e que está inserida no contexto
Planta da cidade com suas muralhas, portas e suas necrópoles.
Ágora. Planta 1:2000. J. Scheibe e M. Schützenberger.
Detalhe do outeiro San Nicola (a partir de De Miro 1994, p. 25, fig. 3).
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- HELLMANN, M.; L’ Architecture Grecque. 2. Architecture religieuse et funéraire.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
Formas de ocupação da ásty > Grade urbana: acrópole, quarteirão, ágora, platéias, estenopes, orientação
Vias e rotas. O assentamento urbano de Agrigento era organizado ao redor de 6 eixos principais de orientação leste/oeste (plateiai) com 7 metros de largura e uma teia de ruas menores (stenopoi) datando do século VI a.C. O cruzamento dessas vias produzia quarteirões com 35 metros de largura por cerca de 300 metros de comprimento. Havia dois setores, sendo um localizado a noroeste e o outro ocupando a parte do centro para o sul. Na junção desses dois setores, a uma altura de 125 metros acima do nível do mar ficava a ágora. As diferenças entre esses dois setores são relacionadas à orientação e provavelmente são decorrentes dos setores serem de períodos diferentes
Estenope e plateia. Cruzamento no recinto do Templo de Zeus Olimpico, ao fundo
Porta V já unindo-se à plateia.
Bairro helenístico residencial 'Cardo II'
Bairro helenistico residencial 'Cardo II'
Planta urbana. 1:25.000 (Schmiedt - Griffo 1958).
Planta da cidade com suas muralhas, portas e suas necrópoles.
Reconstituição da cidade de Agrigento.
Planta do quarteirão de casas a oeste do Olimpiéion. (De Miro)
- GIOVANNI, G. d.; Agrigento - La Valle dei Templi, il Museo Regionale
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- HELLMANN, M.; L’ Architecture Grecque. 2. Architecture religieuse et funéraire.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
Formas de ocupação da khóra > Espaços funerários: necrópoles, enterramentos aleatórios
Necrópoles, tholos e túmulo monumental de Terão. Foram escavados túmulos tanto dentro quanto fora das muralhas. A necrópole grega mais antiga, de época arcaica, foi encontrada na área vizinha ao porto. Era bastante extensa ocupando mais ou manos 3 km. Também foram achados túmulos na Rupe Atenea, ao lado do rio Akragas e na planície ao sul do santuário de Asclépio. Foram também encontrados túmulos datando entre os séculos VI e IV a.C. na área sul e sudoeste do Monte Girgenti, especialmente durante as escavações para construção de uma ferrovia no local. Aparentemente é possível perceber que a maioria dos túmulos ficava fora da área propriamente urbana, fora dos muros, porém como a cronologia tanto dos muros quanto dos cemitérios não é precisa e ainda não há uma sistematização dos estudos relativos à paisagem funerária da região não é possível afirmar isso categóricamente.
Cemitério paleocristão para o Galvão.
Túmulo de Teerão, na khóra sul em direção ao mar. Projeto khóra.
Planta da cidade com suas muralhas, portas e suas necrópoles.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- HELLMANN, M.; L’ Architecture Grecque. 2. Architecture religieuse et funéraire.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
Formas de ocupação da ásty > Áreas residenciais
Habitações. A parte mais escavada e conhecida da zona residencial é o quarteirão helenístico-romano bem no centro do vale, a leste da igreja de São Nicolau. Ele obedecia o traçado viário em grade ortogonal datando da segunda metade do século VI a.C. e também o projeto das casas helenísticas, bastante sofisticadas, segundo o qual os cômodos ficavam dispostos ao redor de um peristilo central e tinham provavelmente um andar superior onde ficava o gineceu. Em meio às casas foram identificadas tabernas.
Bairro helenístico residencial 'Cardo II'
Bairro helenistico residencial 'Cardo II'
Bairro helenístico residencial 'Cardo II' Tabernas.
Bairro helenistico residencial 'Cardo II'. Casa do 'cripto pórtico'
Bairro helenístico residencial 'Cardo II'. Casa do 'cripto pórtico' .
Planta do bairro romano-helenístico. D. Mertens e M. Schützenberger.
Planta do quarteirão de casas a oeste do Olimpiéion. (De Miro)
Bairro residencial helenístico.
Padrão dos quarteirões. (Bollati)
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- NEVETT, L. C.; House and society in the ancient Greek world.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- BOLLATI, R.; BOLLATI, S.; Siracusa: genesi di una città. Tessuto urbano di Ortigia.
- CARRATELLI, G. P. (ed.); The Greek world: art and civilization in Magna Graecia and Sicily.
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
Formas de ocupação da ásty > Grade urbana: acrópole, quarteirão, ágora, platéias, estenopes, orientação
Imagens aéreas da ásty mostrando as principais estruturas urbanas.
- WARD-PERKINS, J. B.; Cities of Ancient Greece and Italy: Planning in the Classical Antiquity.
- BENEVOLO, L.; História da Cidade.
- MIRO, E. D. (ed.); BRACCESI, L. (ed.); BONACASA, N. (ed.); La Sicilia dei due Dionisî.
- CARRATELLI, G. P.; Sikanie: Storia e civiltà della Sicilia greca.
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Templo de Hera. O templo de Hera é conhecido pelo nome latino de templo de Juno Lacinia. Mas, como os demais templos, a atribuição a esta divindade é fantasiosa e remonta à época da Renascença. Sua data original é de meados do século V e os seus vestígios mostram o incêndio de 406 a.C. quando da invasão e destruição promovida pelos púnicos.
Planta do templo de Juno Lacinia. (Mertens 1984)
Templo de Hera (Juno), fachada leste.
Templo de Hera (Juno), fachada leste.
Templo de Hera (Juno), lateral sul.
Planta do templo de Juno Lacinia. Desenho de F. Tomasello.
Templo de Juno Lacinia (Hera), fachada leste.
Reconstituição do templo de Juno Lacinia. Desenho de Vision S.r.l. sobre fotografia.
Templo de Hera (Juno). Detalhe do crepidoma e estilóbato.
Templo de Hera (Juno), fachada leste.
Templo de Hera (Juno), fachada leste.
Templo de Hera (Juno), fachada oeste.
Templo de Hera (Juno), vista parcial da fachada leste.
Templo de Hera (Juno), vista parcial da fachada leste.
Templo de Hera (Juno), vista parcial da fachada leste.
- GRIFFO, P.; Akragas. Agrigento. Storia, topografia, i monumenti, gli scavi.
- BORGIA, E.; MESSINEO, G.; Ancient Sicily.
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- CARRATELLI, G. P. (ed.); The Greek world: art and civilization in Magna Graecia and Sicily.
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Templo de Hefesto, datado da segunda metade do século V a.C. e posicionado mais ao norte, em oposição à área do santuário das divindades ctônicas, no lado norte da Kolimbetra. Este templo foi construído sobre um santuário arcaico do século VI a.C.
Planta da cidade (de Touring Club).
Templo de Vulcano, cerca de 430 a.C. Mertens 1984, fig. 78; Beil. 26, 1-2, 6-9, 11-12.
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- COARELLI, F.; TORELLI, M.; Sicilia - Guide Archeologiche Laterza.
- CARRATELLI, G. P.; Sikanie: Storia e civiltà della Sicilia greca.
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
Formas de ocupação da ásty > Grade urbana: acrópole, quarteirão, ágora, platéias, estenopes, orientação
Plantas da ásty mostrando a distribuição da parte habitada da cidade assim como seus arredores e os rios que faziam fronteira: o Akragas (atual San Biaggio) e o Hypsas (atual Sant'Anna). A antiga cidade de Agrigento (mais ou menos 450 hectares de território) está disposta entre três colinas alongadas: o Monte Girgenti a noroeste, ligado por um estreito istmo à colina chamada Rupe Atenea que fica a nordeste e a Colina dos Templos que se posiciona ao sul. O monte Girgenti ou a Rupe Atenea que encerram as localidades mais altas são os candidatos à acrópole mais antiga de Agrigento. A ocupação se estende de um templo dórico encontrado debaixo da Igreja de Santa Maria dei Greci a oeste até o pequeno santuário de Deméter escavado debaixo da igreja medieval de San Biaggio a leste. As escavações aqui avançaram pouco já que é onde foi construída acidade medieval e moderna de Agrigento. Ainda assim, escavações identificaram ali, já na encosta da Rupe Atenea, uma oficina de produção de azeite da primeira metade do século IV a.C.; uma torre do século V sem função identificada e vestígios talvez de residências do começo do século III a.C.
Acragas: planta de 1984 da cidade antiga. D. Mertens e M. Schützenberger.
Planta da cidade (de Touring Club).
Planta urbana. 1:25.000 (Schmiedt - Griffo 1958).
Planta da cidade com suas muralhas, portas e suas necrópoles.
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- FREDERIKSEN, R.; Greek City Walls of the Archaic Period, 900-480 BC (Oxford Monographs on Classical Archaeology)
- BENEVOLO, L.; História da Cidade.
- HELLMANN, M.; L’ Architecture Grecque. 2. Architecture religieuse et funéraire.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- COARELLI, F.; TORELLI, M.; Sicilia - Guide Archeologiche Laterza.
- BOLLATI, R.; BOLLATI, S.; Siracusa: genesi di una città. Tessuto urbano di Ortigia.
- CARRATELLI, G. P. (ed.); The Greek world: art and civilization in Magna Graecia and Sicily.
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Sob uma Igreja de um monastério medieval, numa elevação de terreno conhecida como poggio San Nicola (hoje um Museu Nacional) foi encontrada uma área sagrada, com temeno, pequeno santuário bipartido, dedicado a Deméter e Koré. Esteve em funcionamento entre o século VI a.C e o século VI d.C. Ao seu redor há vestígios de outras construções provavelmente já desmanteladas em época helenística. (Veronese, p.471).
Detalhe do outeiro San Nicola (a partir de De Miro 1994, p. 25, fig. 3).
Planimetria do pequeno santuário situado no outeiro San Nicola.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
Formas de ocupação da khóra > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Monte Saraceno di Ravenusa é uma localidade com assentamento indígena, desde antes da chegada dos gregos em Agrigento. Localidade em cuja acrópole foi encontrado um templo grego dedicado a divindades ctônias e datado do século VI a.C. Templo muito próximo dos templos B e C de Himera no que tange suas técnicas construtivas. Sua estrutura é do tipo 'oikos'. Considera-se que seja um templo extra-urbano, em relação a Agrigento. (Vide Verones, op.cit. para bibliografia).
Também em Monte Saraceno di Ravenusa foi encontrado um hestiatórion que esteve em uso entre a metade do século VI e o final do século V a.C. Os vestígios no local apontam para o sacrifício de animais.
Monte Saraceno di Ravanusa. Habitação no terraço inferior: a casa D ou santuario 1.
Monte Saraceno di Ravanusa. Habitação no terraço inferior: o hestiatórion.
Monte Saraceno di Ravanusa. Habitação no terraço inferior: pequeno santuário 2 ou casa F.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
Fronteiras > Naturais: rios, topografia, mar
Oliveiras. A plantação de oliveira configurava-se como base da economia em todo o Mediterrâneo antigo. O azeite supria necessidades energéticas da dieta mas também entrava na iluminação e na perfumaria. Muitos rituais religiosos na Grécia antiga também incorporavam o azeite: o morto era besuntado, as noivas se perfumavam, as estelas funerárias eram untadas com azeites perfumados e assim por diante. A oliveira é uma planta que até os dias de hoje é parte integrante e indispensável da paisagem das cidades
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
Formas de ocupação da ásty > Manuseio da água: canais, cisternas, poços
Manuseio de água. Havia um sistema de aquedutos subterrâneos que terminava em um enorme reservatório onde, no século V a.C. havia peixes e cisnes e um viveiro de plantas, chamado de kolymbetra. Tinha 7 estádios de perímetro e uma profundidade de 20 braços. Alguns estudiosos acreditam que sua localização era do lado de fora da muralha entre as portas V e VI no declive norte da Colina dos Templos, nas imediações do santuário ctônico. Há controvérsias sobre isso e até agora não foi encontrada nenhuma evidência arqueológica de seu posicionamento. Entre o santuário de Zeus e o das divindades ctônicas, na parte oeste da Colina dos Templos, em uma área residencial, foi encontrado um longo pórtico que abrigava várias fontes de água. Este conjunto é datado de época helenística, mas está sobreposto a um sistema de cisternas e canalização de água de chuva, datado de época arcaica. Além disso, espalhados pelo território ao redor dos muros, foram achados inúmeros elementos de uma rede de aquedutos do século V a.C. com sistema de captação de água in loco. Neste sentido vale lembrar que no Monte Girgenti foi escavado o chamado Hipogeu do Purgatório, um importante complexo de filtragem de água.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
O templo dos Dióscuros está associado à área do grande santuário das divindades ctônicas. Este templo foi reconstruído no início do século XIX com material que estava disperso no sítio, de várias épocas e de edifícios diferentes. Não sabemos ao menos se ele era dedicado aos Dióscuros como hoje ele é conhecido. O que conhecemos ao certo é o seu estilóbato cuja planta está apresentada abaixo.
Templo dos Dióscuros. Vestígios de colunas.
Templo dos Dióscuros. Vestígios de colunas.
Templo dos Dióscuros. Vestígios de capitéis.
Templo dos Dióscuros. Antefixo.
Templo dos Dióscuros. Vista a partir do sudeste.
Templo dos Dióscuros. Vista a partir do oeste.
Templo dos Dióscuros. Vista a partir do noroeste.
Templo dos Dióscuros. Vista a partir do norte.
Templo dos Dióscuros. Vista a partir do norte.
- BORGIA, E.; MESSINEO, G.; Ancient Sicily.
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
Formas de ocupação da ásty > Muros e posicionamento das portas
Toda a parte mais densamente habitada do assentamento que correspondia a 450 Ha era cercada por muralhas apesar de já ser naturalmente protegida pela própria topografia do local. Esta muralha data da metade do século VI a.C. e nela havia 9 portas que coincidiam com as estradas que levavam para a khóra e para o porto da cidade. As portas I e II ficavam do lado oriental e as III, IV e V do lado sul, ao pé da Colina dos Templos e abrindo a cidade em direção ao mar, ao porto e à desembocadura do Rio Akragas. Dessas 3 portas, a porta V constitui o trajeto monumental melhor conservado do setor oeste da Colina dos Templos. Esta porta está arranjada de sorte que há uma reentrância oblíqua por 25 metros que margeia a via que penetra no santuário das divindades ctônicas ligando-se a uma grande plateia leste/oeste que passa por este santuário e também pelo santuário de Zeus e depois conduz à ágora e vai até a porta II que fica no lado leste da cidade. Estas três portas abrem-se para um imenso território plano (Piano di San Gregorio) que vai desde a Colina do Templos até o mar. São elas que colocam a área urbana da cidade em relação com o mundo exterior e provavelmente com as áreas agriculturáveis ao sul. As portas de VI a IX estão dispostas do lado ocidental do centro urbano.
Porta V já unindo-se à plateia.
Porta V em direção ao mar. Projeto portas e muros.
Reconstituição da cidade de Agrigento.
Agrigento, planta geral do sítio e das fortificações.
Porta V do lado interno dos muros.
Planta da cidade com suas muralhas, portas e suas necrópoles.
Porta V e santuário das divindades ctônias, foto aérea a partir do sudeste (DAI Rom, Schläger 1968).
Planta geral da área dos santuários no templo de Zeus em Colimbetra. Desenho de Giuseppe Cavaleri.
- MIRO, E. D.; Agrigento. I. I santuari urbani. L’area sacra tra il tempio di Zeus e Porta V. 2. Figure e Tavole.
- GIOVANNI, G. d.; Agrigento - La Valle dei Templi, il Museo Regionale
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- FREDERIKSEN, R.; Greek City Walls of the Archaic Period, 900-480 BC (Oxford Monographs on Classical Archaeology)
- HELLMANN, M.; L’ Architecture Grecque. 2. Architecture religieuse et funéraire.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- COARELLI, F.; TORELLI, M.; Sicilia - Guide Archeologiche Laterza.
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
O templo de Zeus Olímpio em Agrigento tem o início de sua construção em 480 a.C. Tanto Políbio IX,27,6), quanto Diodoro (XIII,82,1-5) falam da atribuição a Zeus dessa construção, sendo que o segundo o descreve. As primeiras escavações no local datam de 1802 e 1804, escavações que reconheceram a planta do edifício. O Olimpieion representa o maior templo dórico já construído pelos gregos. Tradicionalmente o edifício é associado à Batalha de Himera em 480 a.C. quando a construção do templo teria sido iniciada como um monumento à vitória dos gregos sobre os cartagineses. As dimensões do templo são monumentais: sua base media 56.3 x 112,60 metros e suas fundações tinham entre 6 e 7 metros de profundidade. De altura total calcula-se que teria aproximadamente 20 metros. A originalidade deste templo está no posicionamento de estátuas gigantescas de "Telamones", esculturas masculinas que com os braços parecem segurar a arquitrave. De fronte ao templo foi encontrado um altar gigantesco medindo 54,5 x 17,5 metros. É preciso dizer que o Olimpieion compunha um conunto com outros templos na colina dos templos de Agrigento e que, naturalmente, quem chegava pelo litoral, pelo porto da cidade, avistava de longe todos estes templos com destaque para o Olimpieion. (Laky, 2013: 172-191)
Altar monumental do Templo de Zeus Olímpio (57m).
Templo de Zeus Olímpio. Vestígios de colunas.
Templo de Zeus Olímpco: detalhe de escultura arquitetônica em relevo.
Vista do templo de Zeus Olímpio com a cópia de Telamon bem visível.
Templo de Zeus Olímpio. Telamon (cópia in situ).
Templo de Zeus Olímpio. Telamon (cópia in situ).
Detalhe do estilóbato do templo de Zeus Olímpio.
Detalhe do estilóbato do templo de Zeus Olímpio.
Templo de Zeus Olimpico. Telamon (cópia in situ).
Detalhe do estilóbato do templo de Zeus Olímpio.
Templo de Zeus Olímpio: detalhe de blocos com ranhuras para içamento.
Estátua de Telamone no templo de Zeus.
Estátua de Telamone no templo de Zeus.
Templo de Zeus Olímpio. Coluna. Uma das arestas. A foto indica a monumentalidade desta construção.
Templo de Zeus Olímpio. Telamon (cópia in situ).
Templo de Zeus Olímpio. Vestígios de colunas.
Museu de Agrigento. Maquete do Templo de Zeus. (Holloway, 2000, p.118)
Reconstituição de um Telamon (atlante) do templo de Zeus em Agrigento.
- BORGIA, E.; MESSINEO, G.; Ancient Sicily.
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- BENEVOLO, L.; História da Cidade.
- HELLMANN, M.; L’ Architecture Grecque. 1. Les principes de la construction.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- LAKY, L. A.; Olímpia e os Olimpieia: a origem e difusão do culto de Zeus Olímpio na Grécia dos séculos VI e V a.C.
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- HOLLOWAY, R. R.; The Archaeology of Ancient Sicily.
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
- AA.VV.,; Urbanistica e architettura nella Sicília greca: Agrigento, Museo Archeologico Regionale 14/Novembro/2004 a 14/Maio/2005.
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Colina dos templos/ santuário das divindades ctônicas, templo de Deméter e Koré, templo dos Dióscuros. A colina dos templos que corre do lado sul da ásty, no interior dos muros, comporta uma área sagrada enorme que inclui templos monumentais (um deles foi transformado em igreja cristã no século VI d.C.) começando com o assim chamado Templo de Hera a leste e se estendendo até um enorme santuário dedicado às deusas ctônicas Deméter e Perséfone a oeste.
Este é um complexo sagrado na ásty bastante preservado e que é objeto de muitas visitas turísticas na atualidade.
De leste a oeste podemos encontrar os templos de Hera, da Concordia, de Héracles, de Zeus Olímpico, dos Dióscuros e de Deméter e Koré. Os nomes foram dados de acordo com fontes escritas da Antiguidade e por isso não temos certeza das divindades cultuadas em cada um deles. É o caso principalmente dos Templos da Concórdia e dos Dióscuros. Toda essa grande área sagrada bordeia os muros da cidade em seu lado sul e se estende desde um pouco antes da porta IV e vai além da porta V. Este lado sul é o lado que se avista desde o porto. Como se pode notar pelas plantas e demais imagens, a cidade se assentou sobre uma elevação. Assim, quem chegava desde o porto, por mar, à cidade de Agrigento, avistava desde longe a imponência desta fileira de templo. Sobre o significado desta opção por parte dos agrigentinos, há muito o que se pensar! No fundo, podemos dizer que a fileira de templos elevados na plataforma da cidade e adornados indicam para uma cidade poderosa e rica, imagem que sem dúvida os agrigentinos queriam passar aos que chegavam.
Os vestígios arqueológicos, sobretudo da área mais a oeste onde estão localizados o templo dos Dióscuros e o santuário das divindades ctônicas, Demeter e Koré, são bastante confusos e de difícil interpretação. O templo dos Dióscuros, por exemplo, foi reconstituido de modo completamente fantasioso e, hoje se sabe, reunindo-se material de edifícios diferentes.Toda a área tem inúmeros edifícios pequenos e altares.Aparecem também poços quadrados, impermeabilizados. Há altares redondos e perfurados, provavelmente para receber oferendas. Junte-se a isso, o fato de termos também uma cronologia embaralhada. De acordo com Coarelli (1984, p.149), o culto das duas deusas (Demetere e Koré) tinha uma importância grande em Agrigento e o ritual comportava dois altares emparelhados: um quadrado e outro redondo com cavidade no meio: o quadrado para as oferendas cruentas e o redondo para o depósito de dons em sua cavidade central para as duas deusas .
Planta geral da área dos santuários no templo de Zeus em Colimbetra. Desenho de Giuseppe Cavaleri.
Santuário das divindades ctônias, reconstituição em perspectiva a partir do norte. Marconi 1933.
Porta V e santuário das divindades ctônias, foto aérea a partir do sudeste (DAI Rom, Schläger 1968).
Reconstituição da cidade de Agrigento.
Poço quadrado na área do santuário das divindades ctônias.
Estruturas na área do santuário das divindades ctônicas.
Estruturas na área lateral do templo dos Dióscuros, na área do santuário das divindades ctônicas.
Estruturas na área do santuário das divindades ctônicas.
Altar circular com cavidade central na área do santuário das divindades ctônicas.
Santuário de Deméter e Coré na colina dos templos. Vista geral 1.
Santuário de Deméter e Coré na colina dos templos. Vista geral 2.
- MIRO, E. D.; Agrigento. I. I santuari urbani. L’area sacra tra il tempio di Zeus e Porta V. 2. Figure e Tavole.
- GIOVANNI, G. d.; Agrigento - La Valle dei Templi, il Museo Regionale
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- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- HELLMANN, M.; L’ Architecture Grecque. 2. Architecture religieuse et funéraire.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- COARELLI, F.; TORELLI, M.; Sicilia - Guide Archeologiche Laterza.
- CARRATELLI, G. P.; Sikanie: Storia e civiltà della Sicilia greca.
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Templo da "Concórdia" (ou templo F). Este templo foi construido em meados do século V a.C. e não se sabe a qual divindade era atribuído nessa época. De época romana foi ali encontrada uma dedicatória à Concórdia e dai deriva o seu nome. Ele está muito bem preservado, o que se deve, sem dúvida, ao fato de que nos últimos anos do século VI d.C., ele foi transformado em igreja cristã por obra do Bispo Gregório de Agrigento. Nesse momento foi dedicada a S. Pedro e S. Paulo, mas posteriormente a S. Gregorio.
Templo da Concórdia. Fachada oeste.
Templo da Concórdia. Fachada oeste.
Templo da Concórdia. Fachada oeste.
Templo da Concórdia. Note-se as divisórias internas.Parte da fachada leste.
Templo da Concórdia. Parte da fachada leste.
Templo da Concórdia. Fachada lateral sul.
Templo da Concórdia. Fachada lateral norte.
Templo da Concórdia. Note-se a estrutura interna que corresponde à Igreja cristã.
Templo da Concórdia. Parte da fachada oeste.
Planta do templo da Concórdia em cerca de 440 a.C. (Mertens 1984)
Templo da Concórdia. Fachada leste.
Templo da Concórdia. Foto: Giuseppe Leone.
Templo de Concórdia visto do nordeste. Dieter Mertens.
Templo da Concórdia (templo F). Frente ocidental.
Templo da Concórdia (templo F), vista geral a partir do oeste.
Planta templo da Concórdia. Desenho de F. Tomasello.
Templo da Concórdia. Desenho reconstitutivo de Anne Lovelace Holloway.
Templo da Concórdia. Fachada leste.
Templo da Concórdia.Fachada lateral norte.
- GRIFFO, P.; Akragas. Agrigento. Storia, topografia, i monumenti, gli scavi.
- MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
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- CARRATELLI, G. P. (ed.); The Greek world: art and civilization in Magna Graecia and Sicily.
- MINÀ, P.; Urbanistica e architettura nella Sicília greca.
Formas de ocupação da khóra > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Santuário de Deméter e Koré (templo) sob a Igreja de San Biagio na Colina de Atena (Rupe Atenea). No século VI a.C. foi construido nesta localidade um pequeno santuário dedicado a Deméter e a Koré, justamente sobre fontes naturais de água. Há indícios materiais de que mesmo anteriormente este fosse um local de culto, talvez de matriz indígena. No século V, o templo de Deméter e Koré foi construído englobando este pequeno santuário e, finalmente, em época cristã ele foi encoberto por uma Igreja dedicada a S. Biagio. O templo de Demerte e Koré, nesta posição na Rupe Atenea, justamente em seu lado leste, faz um 'pendant' com o templo de Atena, na Acrópole, no lado oeste da Rupe Atenea.
Planta da cidade (de Touring Club).
Santuário rupestre de Deméter. Atual Igreja de San Biagio.
Santuário de Deméter (S. Biagio). Planta e elevação (de Marconi).
Templo de Deméter (templo C) embaixo da Igreja de S. Biagio, visto a partir do leste.
Agrigento, planimetria do santuário rupestre na localidade de San Biagio (a partir de De Miro 1994).
- LABECA,; Foto Acervo Labeca
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior
- COARELLI, F.; TORELLI, M.; Sicilia - Guide Archeologiche Laterza.
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Formas de ocupação da khóra > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares
Vassallaggi. Trata-se de centro indigena sob a influência de Agrigento, instalado sobre uma plataforma formada pelo sistema de cinco pequenas colinas rochosas. Esta instalação se ve claramente no desenho. Ali foi encontrada uma área sagrada composta por temenos, pequeno santuário in antis e altar. Os achados apontam para o culto de divindade ctônia. A data é VI/V séculos a.C.
Planimetria da área sagrada de Vassallaggi.
Edifício sagrado bipartido (a partir de Orlandini 1961c, tav. X, fig. 36).
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
Relacionamento ásty e khóra > Caminhos, ruas, portas nos muros
O local escolhido para a fundação da cidade era próximo à costa numa altitude que variava entre 300 e 350 metros acima do nível do mar. Suas fronteiras eram marcadas pelo Monte Girgenti ao norte, a Rupe Atenea a leste e a Colina dos Templos ao sul demarcando um território de 450 hectares. A articulação do assentamento urbano, na primeira metade do século VI a.C. só é atestada arqueológicamente em pequena parte mas é suficiente para compreender como os elementos que caracterizavam a cidade nos séculos posteriores já estavam presentes desde a fundação.
- VERONESE, F.; Lo spazio e la dimensione del sacro: santuari greci e territorio nella Sicilia arcaica
- FLORENZANO, M. B. B.; Relatório científico de viagem ao exterior