Hiponio

Hiponio foi uma apoikia fundada por Lócris. Evidências arqueológicas indicam sua fundação no século VII a.C. No território principalmente na área entre a cidade e a costa, achados cerâmicos indicam uma frequentação grega a a partir do século VI. A khóra litorânea de Hiponio foi consolidada até o século V: a evidência é um santuário costeiro (dedicado a Perséfone?) e vestígios dos séculos V e IV a.C. de estruturas agrícolas e marítimas. A planície costeira, entre Nicotera e o rio Angitula, cobrem cerca de 120 km2, mas o território de Hiponio teria abrangido cerca de 200 quilômetros quadrados caso os vales do sul da cidade fizessem parte dele. (HANSEN, 2004:261) Sob a dominação romana esta polis passou a se chamar Vibo Valentia, nome pelo qual é chamada até os dias de hoje.

Code: HIP
Actual name: Vibo
Original idiom name: Εἰπώνιον / Ἱππώνιον / Ἱππωνιᾶς
Latin name: Vibo Valentia
Region: Itália (sul) (Bruttium)
Archaeological site: archaeological site 1
Longitude: 16.120277
Latitude: 38.682777

Media

Relacionamento ásty e khóra > Estruturas entre ásty e khóra: muros, necrópoles, santuários.

Hiponio foi fundada em um platô muito íngreme, aproximadamente 500 metros acima do nível do mar. Não há vestígios de planejamento urbano ou estruturas de habitação gregos, os quais podem ter sido obliterados pela cidade medieval. Contudo os vestígios sobreviventes de um circuito de muralha de aproximadamente 6 km e a morfologia do sítio indicam uma área fortificada formando um recinto de 80 ha mais ou menos. A área urbanizada, presumidamente do tamanho da cidade medieval, compreende cerca de 40 hectares. A cidade provavelmente possuía um planejamento urbano similar ao encontrado em outras apoikias gregas, com espaços abertos não ocupados. (HANSEN, 2004:262)

  • HANSEN, M. H. (ed.); NIELSEN, T. H. (ed.); An Inventory of Archaic and Classical Poleis.
  • MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
  • CARRATELLI, G. P. (ed.); The Greek world: art and civilization in Magna Graecia and Sicily.
Formas de ocupação da khóra > Estruturas de marcação da extensão do território

Toda a hinterlândia da Calábria meridional, com costa marítima no Mar Tirreno e no Mar jônio era motivo de disputa entre as várias cidades gregas ali instaladas: Régio, Lócris, Caulônia, Crotona, Síbaris Toda essa região contava com populações indígenas que, influenciadas pelos gregos, aderiam ou apoiavam uma ou outra pólis.

  • LOMBARDO, M.; Greci e indigeni in Calabria: aspetti e problemi dei rapporti economici e sociali
Formas de ocupação da ásty > Áreas sagradas: depósitos, templos, capelas, santuários, altares

Os santuários são, principalmente, situados ao longo das bordas leste e norte do platô, um sistema de "cinturão sagrado" conhecido, por exemplo, em Agrigento e Lócris. Em direção ao norte, no topo, do "Belvedre - Telegrafo" foi localizado um témenos da metade do séc. VI a.C. com naiskoi e um templo peripteral dórico do final do séc. VI. A Leste, encontra-se o témenos "Contorno del Castelo; e no platô de Cofino foi enocntrado um templo jônico do final do século V ou início do século IV. (HANSEN, 2004: 262)

  • MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.
Formas de ocupação da ásty > Muros e posicionamento das portas

O circuito da muralha possui quatro fases estruturais: a primeira fase (A), dos séculos VI-V a.C., possuía fundações construídas de pedregulhos, possivelmente servindo de apoio a uma superestrutura de tijolos. A segunda fase (B), dos séculos V-IVa.C., estava formada por um muro de silhar com torres retangulares, posicionadas de forma não usual no muro. A destruição e, posteriormente, alargamento desta fase está conectada, possivelmente, com a destruição por Dionísio I em 388 e mais tarde a refundação da cidade patrocinada por Cartago. (HANSEN, 2004:262)

  • MERTENS, D.; Città e monumenti dei Greci d’Occidente.